Apesar de pessoas pardas e negras serem mais da metade da população brasileira, indicadores socioeconômicos refletem uma perpetuação histórica de exclusão e marginalização em detrimento a pessoas brancas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média de pessoas negras e pardas é sistematicamente inferior à de pessoas brancas, mesmo em funções equivalentes. No campo da educação, a disparidade se acentua. Em 2023, apenas 17% da população parda e negra com idade entre 25 e 34 anos possuía diploma universitário, enquanto entre os brancos esse índice ultrapassava 35%.
Enfrentar o racismo é construir uma sociedade mais justa para todos. Na próxima terça-feira, 05 de novembro, 12º módulo do curso Democracia e Políticas Públicas, promovido pela Cáritas Regional Ceará, aborda o tema do racismo persistente na sociedade brasileira.
Contaremos com a participação de duas mulheres negras que são referências na luta social, na educação e na valorização da cultura afro-brasileira, Valéria e Verônica Carvalho, educadoras sociais, cofundadoras do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) e do Terreiro das Pretas. Elas trazem suas vivências e sabedorias para inspirar e capacitar novos agentes de mudança.
O racismo é uma realidade que persiste e se manifesta nas mais variadas formas, minando direitos e oportunidades. A urgência desse enfrentamento está não só na correção de injustiças históricas, mas na construção de um futuro mais igualitário e inclusivo para todos os brasileiros. Combater essa estrutura é um dever daqueles que acreditam na democracia e na igualdade.
A formação acontece nesta terça, 05 de novembro, a partir das 19h, online, pelo Google Meet, sendo aberta para todos da Rede Cáritas, voluntários e grupos acompanhados.