A partir da premissa de que existem múltiplas práticas e processos de Convivência com o Semiárido, foi realizado na última quarta-feira (19/06), em Sobral, o Seminário de Experiências em Convivência com o Semiárido com objetivo de difundir, debater e inspirar abordagens adequadas ao clima e solo em mais comunidades. Na mesa de discussão, o casal de agricultores familiares Salvelina Mesquita e João “JB” Batista partilharam suas práticas com cisterna-calçadão, reúso de águas cinzas e quintal produtivo; já o membro da Casa de Sementes São José Luíz “Pia” Nascimento falou sobre os desafios e as virtudes de manter uma casa de sementes crioulas ativa na comunidade para os agricultores familiares; por fim, a economia solidária como aliada da agricultura familiar foi levantada pela gestora da Bodega Arcos - Forquilha, Cleide Pereira, e a experiência do grupo Mulheres Produtivas, da comunidade Caraúno, foi contada pela gestora Cleidimar Farias, O seminário contou com a participação de lideranças comunitárias de várias localidades da região Norte, representantes da Articulação Semiárido Brasileiro, FETRAECE, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Ematerce e outras organizações. Teve mediação dos agentes Cáritas Paulo César e José Maria Vasconcelos. Foi realizado pela Cáritas Regional Ceará, Cáritas Diocesana de Sobral e o Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido, com apoio da Regional Norte da FETRAECE. Outros processos práticos de convivência com o semiárido: Adotar plantios que sejam resistentes e vivam com pouca água (palma, mandacaru, leucena, umbu, cajá e outras árvores nativas do semiárido, muitas; Criar animais que sejam adequados a este clima (bodes, carneiros, galinhas caipira e outros animais nativos do semiárido); Desenvolver experiências de créditos comunitários e oficiais que tornem possíveis estes tipos de ações e estratégias; Guardar ou estocar alimentos para os animais utilizando técnicas como ensilagem, fenação, galhadas, cultivo de plantas forrageiras, armazenamento de grãos e armazenamento de sementes.