A campanha cearense contra a regulamentação do uso de drones para pulverização aérea de agrotóxicos reuniu o apoio de 173 entidades e organizações, que assinaram um manifesto elaborado pela Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP).
Entre os signatários, destacam-se a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece). a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), além das Comissões de Direito Ambiental e de Direitos Humanos da OAB/CE.
De acordo com a nota, “o argumento de que os drones proporcionariam melhores condições para os trabalhadores do campo é falacioso, pois esses trabalhadores continuariam expostos ao contato direto com os produtos químicos (...) A verdadeira proteção à saúde dos trabalhadores e da população não está na regulamentação de novos métodos de pulverização, mas sim na redução substancial do uso de agrotóxicos, priorizando práticas agrícolas sustentáveis, como a agroecologia”.
A mobilização também conta com o apoio da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Estado do Maranhão (FETAEMA), estado onde comunidades vem enfrentando graves impactos causados pela pulverização aérea de agrotóxicos. De acordo com dados da Repórter Brasil, entre janeiro e outubro, 228 comunidades em 35 municípios maranhenses denunciaram contaminação por pesticidas, sendo que 94% destes casos estão relacionados ao uso de drones.
O manifesto reforça a preocupação das entidades com os riscos ambientais e à saúde pública decorrentes dessa prática, além de defender modelos de produção agrícola mais sustentáveis e seguros.
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